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A evolução dos processos

O último a me processar, Wagner Rossi, ministro da Agricultura

A notíciaé velha, mas vale a pena ser publicada. Minha ficha de processos ganhou mais uma presença ilustre nos últimos dias. Sim, mil vezes sim, estou evoluindo qual um Pokémon. Recebi em casa, com imenso prazer, a visita de um novo Oficial de Justiça – esse eu não conhecia ainda –  e descobri que estou sendo processado criminalmente pelo excelentíssimo ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. O boninitnho na foto ao lado.

Andei pensando. Ainda tenho alguns problemas sobre receber processos. É sempre chato, claro. Ainda assim, esse é mais um dos que me faz sentir orgulho. Um grande jornalista e amigo, Evandro Spinelli, sempre diz que a lista corrida de processos dos jornalistas depõem a favor – ou contra – o trabalho do profissional. Nesse caso, com certeza depõe a favor, dado o amplo currículo, digamos, não muito probo da figura.

Engraçado disso tudo é que eu vi Wagner Rossi ao vivo uma única vez, em uma convenção do PMDB em Santa Rita do Passa Quatro. Fiz até entrevistinha com ele para o A Cidade. Mas enfim, faz parte. Estamos vivendo uma época triste na qual as pessoas, ao invés de olharem no olho e resolverem as pendências, optam por processar.

Aliás, no caso do Wagner, a coisa é ainda mais estranha. Ele questiona dois adjetivos atribuidos a ele no blog, mas em nenhum momento contesta as informações divulgadas. Preocupa-se com o sofá e esquece a mulher pecadora, por assim dizer. Mas enfim, há Justiça pra isso mesmo…

Leopoldo "Guerrilheiro" Paulino, o primeiro a me processar

Só para constar, já fui processado por uma lista simpática de pessoas. O primeiro deles foi essa delícia de morango ao ao lado, Lepoldo Paulino, ex-vereador – graças a Deus – em Ribeirão e uma das maiores farsas políticas do país. Não vou perder tempo passando a ficha corrida deste senhor, mas basta dizer que ele criou uma imagem de ex-combatente da ditadura militar e, através dele, ingressou na política. Qualquer um que combateu de verdade a ditadura em Ribeirão irá contar se a história é ou não verdadeira. O processo acabou extinto por falta de prova. Ele me processou por injuria e difamação, salvo engano.

Corrêa Neves, dono do Comércio da Franca, outro de meus processantes

Mas a lista não para por ai. Além de alguns deputados picaretas de São Paulo, em processo na época do jornal Bom Dia que o jornal tratou de encerrar logo logo, o segundo grande destaque foi José Corrêa Neves Junior, dono do Comércio da Franca e meu patrão por mais de um ano na minha primeira experiência como editor. Esse é um cara que, se fosse bem assessorado – em todas as áreas – seria um cara bem mais bacana e boa praça.

Além de Junior, a amásia atual dele, Milena Franchini, e o próprio jornal Comércio da Franca também me processaram por conta do famigerado blog que insistem em dizer que é meu.  Junior chegou a me processar criminalmente, mas o processo foi extinto. Nos civeis, estamos na Justiça e ainda não há definição.

Em tempo: não tenho irmã no Rio Grande do Sul. Ao que me consta, meu pai nunca andou serelepeando por aqueles lados.

A prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera, também entrou na onda de me processar

Não menos importante foi o processo da prefeita Dárcy Vera (DEM). No caso dela, foram dois, um no qual apareço como averiguado e outro investigado. Um deles já foi retirado e o segundo segue em investigação sigilosa na seccional e, até onde sei, eu já sai da lista de possíveis réus e figuro apenas como testeminha. Qual será o próximo?

Honestamente não sei. Sei, sim, que, infelizmente, uma série de políticos e picaretas em geral tem utilizado essa estratégia para intimidar jornalistas. Funciona como uma espécie de salvo conduto para a picaretagem: se falar as verdades sobre mim, processo você. Terás que gastar uma boa grana – que você geralmente não tem – e, na pior das hipóteses, dá menos dor de cabeça não falar do que perder tempo, dinheiro e energia com processos de toda sorte.

Comigo, contudo, não funciona. Só Deus sabe o quanto perdi, nos últimos anos, por conta disso tudo. Financeira, emocional e fisicamente, inclusive. Mas sou do tipo teimoso, que vai morrer defendendo o direito à informação, mesmo que leve um processo por semana.

Ainda mais agora, veja só, subi ainda mais de nível e já estou sendo alvo de ministros. A seguir essa linha, esse ano ainda serei processado pelo presidente Lula!

Temer será vice de Dilma

Também não é nenhuma novidade, mas vá lá, já que perdi o momento de postar a notícia, vou insistir em falar sobre o assunto. Como sei isso? Simples, por conta do deputado estadual Baleia Rossi (PMDB).

Por mais que o simpático mamífero negue, na região começa a movimentação entre cabos eleitorais para ver se é possível, a essa altura, transformar a candidatura de Baleila de estadual para federal.

Eis o que rolou, segundo três assessores, um deles bem próximo, de Baleia:

Michel Temer (PMDB-SP) foi confirmado, nos bastidores, como o vice de Dilma Roussef (PT). Baleia e seu pai Wagner Rossi sempre foram aliados e amigos pessoais de Temer, que é deputado federal e, por sinal, manda chuva da Câmara.

Temer não irá candidatar-se a deputado, portanto. E disse textualmente a Wagner Rossi e a Baleia que ficaria feliz se Baleia fosse candidato a deputado federal. Espera, inclusive, que consiga transferir alguns votos dele para o pimpolho do PMDB.

Acontece que Baleia não quer, de jeito nenhum, ser candidato a deputado federal. Sabe que será mais complicado se eleger, além de enfrentar muitos concorrentes de peso em sua base eleitoral. Além de Chiarelli, a quem assessoro – vale sempre ressaltar isso – Duarte Nogueira (PSDB) e Palocci (PT) serão candidatos, além de pelo menos três quatro deputados – Ubialli (franca, PSB), Arnaldo Jardim (PPS, estado todo), Dimas Ramalho (PPS, todo Estado). Fora os concorrentes com outros cargos, como Oliveira Junior (PSC) e Walter Gomes (PR), para citar apenas dois.

Por hora, de concreto, Baleia tem consultado seus assessores na região para saber se a mudança de planos seria possível. Mas tem feito as checagens com muita má vontade. Espera uma eleição tranquila para deputado estadual e, na cabeça dele, não quer trocar o (quase) certo pelo duvidoso.

De resto, sabe que, se topar a empreitada, terá dinheiro praticamente ilimitado para a campanha, obra de graça de Temer e de Wagner Rossi, que assumiu recentemente o Ministério da Agricultura e, ao modo narrado no livro Honoráveis Bandidos, terá muitos recursos para destinar ao rebento.

Ainda assim, pegando novamente o fio da meada, independente de Baleia, o que se pode deduzir dessa situação toda é que, para Temer dispor de sua candidatura de deputado em favor de Rossi, a questão com o PT está mais que fechada.